Nesta quinta-feira (22 de Janeiro),a televisão estatal da Arábia Saudita anunciou a morte do rei Abdullah Bin Abdulaziz Al Saud, de 90 anos, vítima de uma pneumonia no hospital.
O rei Abdullah teve uma família extensa, com pelo menos sete mulheres, com quatro filhos ainda vivos e ainda quinze filhas. Ao longo da sua vida passou por várias cirurgias, chegando até a ser internado em Riad, no último dia de 2014, onde fez exames médicos após sofrer dificuldades respiratórias por conta de uma infecção e no dia 2 de Janeiro teve que ser entubado para conseguir respirar devido a uma pneumonia.
O monarca que governava a Arábia Saudita desde 2005, teve um forte impacto no seu país, criando eleições municipais, anunciou que as mulheres podiam votar e ser eleitas ( que não chegou a acontecer ), permitiu um nível mínimo de crítica ao governo na imprensa, deu o seu nome à primeira universidade não segregada do país, a Universidade de Ciência e Tecnologia (KAUST, na sigla em inglês) e aprovou bolsas de estudo o que permitiu jovens estudar no estrangeiro. Reforçou também o papel da Arábia Saudita como potência incontestável da região e esmagou, há quase uma década, a presença da Al-Qaeda no país, após uma série de atentados que colocou em causa a segurança no maior produtor mundial de crude.
O sucessor do terceiro chefe de Estado mais rico do planeta e que tinha uma fortuna estimada em 18,5 bilhões de doláres, é o seu meio-irmão, o príncipe Salman bin Abdulaziz Al Saud. Na mesma ocasião, o príncipe Moqren foi nomeado como novo herdeiro da Arábia Saudita.
Fonte: Público, Jornal de Negócios, O Globo, Correio da Manhã
Joana Soares, Irís Vasconcelos, Leandro Fernandes
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