Monday, November 30, 2015

Conflito moral: Adoção de crianças por casais homossexuais em Portugal



A adopção de crianças por casais do mesmo sexo foi aprovada a 20 de Novembro. PSD e CDS tentaram que a medida fosse aceite por três vezes mas sempre sem sucesso. A lei foi aprovada com votos de todos os partidos de esquerda mas a direita dividiu-se e apenas dezanove deputados votaram a favor. De acordo com os partidos de esquerda, este é um momento “histórico” para Portugal em que se torna no 24º país a aprovar esta lei.

Aprovar a adopção gay em Portugal é muito mais que uma lei, é um conflito moral. Segundo a Carta de Direitos Humanos, todas as pessoas têm direito às mesmas oportunidades e privilégios. Em séc. XXI sabemos que essa ideia é utópica mas que Portugal deu um importante passo para combater a discriminação ao permitir que casais do mesmo sexo tenham direito a uma família.

É importante consciencializar as pessoas que não percebem como é que um casal homossexual pode ter condições para criar uma família bem estruturada, é fundamental explicar que as crianças que se encontram em instituições de acolhimento foram geradas e abandonadas por um casal hétero. Quais são afinal os verdadeiros pilares de uma família saudável? Uma presença masculina e feminina basta? Ou o amor que um casal, independentemente da sua orientação sexual, tenha capacidade para oferecer?

Ninguém pode negar que o ano de 2015 vai ficar para sempre marcado pelas palavras proferidas pelo Papa Francisco em que aborda questões homossexuais. Até hoje nenhum representante máximo da Igreja Católica tinha tido este atrevimento. O Papa argentino, apesar de não concordar com o casamento gay, quer uma Igreja preparada para acolher todos, seja qual for a sua orientação sexual.

Para aqueles que dizem não à oportunidade de uma criança ter uma família, atentem o séc. em que vivemos, façam um esforço por compreender e se são religiosos, inspirem-se na Igreja Católica, que começa a dar aberturas em relação aos homossexuais. Mais importante que aceitar, é respeitar.

Fonte: Público; Observador; Diário de Notícias
Fonte Imagem: Público


Paula Pinto

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