A adopção de crianças por casais
do mesmo sexo foi aprovada a 20 de Novembro. PSD e CDS tentaram que a medida
fosse aceite por três vezes mas sempre sem sucesso. A lei foi aprovada com
votos de todos os partidos de esquerda mas a direita dividiu-se e apenas
dezanove deputados votaram a favor. De acordo com os partidos de esquerda, este
é um momento “histórico” para Portugal em que se torna no 24º país a aprovar
esta lei.
Aprovar a adopção gay em Portugal
é muito mais que uma lei, é um conflito moral. Segundo a Carta de Direitos Humanos, todas as pessoas têm direito às mesmas oportunidades e privilégios.
Em séc. XXI sabemos que essa ideia é utópica mas que Portugal deu um importante
passo para combater a discriminação ao permitir que casais do mesmo sexo tenham
direito a uma família.
É importante consciencializar as
pessoas que não percebem como é que um casal homossexual pode ter condições
para criar uma família bem estruturada, é fundamental explicar que as crianças
que se encontram em instituições de acolhimento foram geradas e abandonadas por
um casal hétero. Quais são afinal os verdadeiros pilares de uma família
saudável? Uma presença masculina e feminina basta? Ou o amor que um casal, independentemente
da sua orientação sexual, tenha capacidade para oferecer?
Ninguém pode negar que o ano de 2015 vai ficar para sempre marcado pelas palavras proferidas pelo Papa Francisco em que aborda questões homossexuais. Até hoje nenhum representante máximo da Igreja Católica tinha tido este atrevimento. O Papa argentino, apesar de não concordar com o casamento gay, quer uma Igreja preparada para acolher todos, seja qual for a sua orientação sexual.
Para aqueles que dizem não à
oportunidade de uma criança ter uma família, atentem o séc. em que vivemos,
façam um esforço por compreender e se são religiosos, inspirem-se na Igreja
Católica, que começa a dar aberturas em relação aos homossexuais. Mais
importante que aceitar, é respeitar.
Fonte: Público; Observador; Diário de Notícias
Fonte Imagem: Público
Fonte: Público; Observador; Diário de Notícias
Fonte Imagem: Público
Paula Pinto
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