O presidente do Sindicato da
Construção Civil, Albano Ribeiro, garante que há cerca de 80 mil trabalhadores
portugueses com salários em atraso em Angola e que, pelo menos, mil destes
operários que virão passar o Natal a casam "já não regressarão" a
África.
Números que Reis Campos,
presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI),
diz não ter condições de confirmar, embora admita que a situação em Angola é
muito complicada, “40% têm entre dois e seis meses de salários em atraso”.
Portugal é o segundo país com maior presença
no mercado da construção africano. Dos 5,3 mil milhões de euros que as
construtoras nacionais facturam nos mercados internacionais, dois mil milhões
são assegurados por Angola (38%). Dados da CPCI, que lembra que o orçamento
angolano foi feito tendo por base um preço de referência do petróleo nos 81
dólares (76,5 euros) quando este está agora abaixo dos 47 dólares (44 euros).
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