Monday, November 30, 2015

Vice-procurador angolano diz que Portugal quebra “tabu” com Francisca Van Dunem


O vice-procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta-Groz, diz que Portugal quebrou um “tabu” com a escolha de uma mulher negra, Francisca Van Dunem, para ocupar o cargo de ministra da Justiça no novo Governo. O mesmo afirma que “numa sociedade como a de Portugal não seria fácil, não foi fácil de certeza absoluta, que uma mulher negra chegasse a fazer parte de um Governo”.

Sempre foi impensável ver uma mulher negra no governo português, visto que o preconceito eo racismo sempre foi algo muito presente em Portugal. O que aconteceu agora no novo governo, liderado por António Costa, é algo que em tempos atrás seria impensável. Claro que essa decisão levantou uma enorme questão. O simples facto de ser negra faz com que Francisca Van Dunem seja o centro das atenções do novo Governo. Tudo que ela fizer será acompanhado ao máximo, não só pelo os eleitores mas também pelos media, e ao primeiro erro ou deslize, corre o risco de ser criticada ao máximo, porque embora as pessoas aceitem em parte, ainda há uma maioria com o pé atrás. A prova disso é que entre a ministra invisual e a ministra negra, a mais falada é a ministra negra.

Talvez seja o início do fim do preconceito, racismo, descriminação, como diz o procurador angolano, uma quebra do “tabu”, uma prova de que independentemente da cor, raça, sexo ou religião, desde que sejamos qualificados e tenhamos competências, podemos exercer qualquer cargo. Ninguém é melhor que ninguém, seja da raça negra ou caucasiana.


Fonte texto: Público e DN
Fonte imagem: Google Imagens

Soraya Afonso

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